domingo, 20 de julho de 2008

EXAME FÍSICO

Cabeça e Pescoço

Couro cabeludo:
- problemas de enfermagem: dermatite, seborréia, piolho, pediculose, foliculite, calvície ou alopécia;

Olhos:
- edema de pálpebras;
- exantelasma (indica acúmulos de colesterol);
- tersol ou blefarit (inflamação do foículo do cílio);
- ptose palpebral (queda da pálpebra – cai as duas);
- miastemia (toda a musculatura tem dificuldade de contração, uma pálpebra cai);
- lagoftalmia (bolsa de água).

Globo ocular:
- exoftalmia;
- enoftalmia.

Conjuntiva ocular e esclera:
- conjuntivite;
- icterícia;
- pterígeo (prega na conjuntiva ocular, carne esponjosa);

Iris e pupila:
- midríase (dilatação da pupila);
- miose: contração da pupila, menos de 2 mm;
- anisocoria: quando um contrai e outro dilata, diâmetros diferentes.

Conjuntiva palpebral:
- anemia,
- conjuntivite.

Seios paranasais:
- sinusite;

Orelha:
- otite;

Boca:
- lábios: herpes viral, rachaduras, queilose (no canto da boca), queilite (falta de vitamina, fissura com processo inflamatório);
- gengivas e bochechas: gengivite, aftas ou estomatites;
- língua: língua saborrosa (língua branca), língua acastanhada (marrom e seca);

Aparelho Respiratório

Inspeção estática:
- condições da pele, simetria, forma: tonel, funil (peito escavado), quilha (peito de pombo), cifoescoliose, abaulamentos e retrações;
Regras obrigatórias de semiotécnica da inspeção estática e dinâmica:
Tórax descoberto ou nu;
Paciente em pé ou sentado em atitude cômoda;
O examinador deve ficar a 2 mts de distância para Ter uma visão panorâmica de todo tórax e aproximar;
Músculos relaxados, membros superiores caídos ao longo das faces laterais do tórax e abdôme;
Eliminação adequada;
Anormalidades assimétrica do tórax.

Abaulamentos e retrações:
- inspecionar a face anterior, posterior e laterais com o mesmo rigor descritivo;

Inspeção dinâmica:
- existem 3 tipos de respiração: costo torácica, costo abdominal, mista;

Freqüencia respiratória:
- 14 a 20 mov./min.
- movimentos >: taquipnéia ou polipnéia;
- movimentos <: bradipnéia. Palpação:
- examinar a sensibilidade, expansão e elasticidade torácica e vibração.

Técnicas:
- paciente sentado ou em pé com os braços lateralizados;
- pesquisar alterações isoladamente para os ápices, regiões intraclaviculares e bases;

Percussão:
- digito-digital.

Ausculta:
- paciente sentado ou em pé, com o tórax descoberto, respirando com a boca entreaberta, sem fazer ruído;
- avaliar o fluxo de ar através da árvore traqueobrônquica, o espaço pleural e identificar presença de obstrução no pulmão;
- os movimentos respiratórios devem ser regulares e de igual amplitude;
- comparar regiões simétricas, metodicamente, do ápice até as bases pulmonares.

Alterações:
ü Estertores secos: comagem (asma)
ü Estertores úmidos: crepitantes (pneumonia), bolhosos (subcrepitantes).
Sistema Cardiovascular

Posição
- o paciente é posicionado em decúbito dorsal elevado a 30º, ficando o examinador do seu lado esquerdo ou direito;

Ausculta:
- 1º foco aórtico: 2º espaço intercosta; direito;
- 2º foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo;
- 3º foco tricúspede: 4º espaço intercostal – borda esternal esquerda;
- 4º foco mitral: 5º espaço intercostal (ictus cordis);
- 5º foco aórtico acessório: apêndice xifóide.

Aparelho Genito-urinário

- Características da urina: volume, cor, odor, turvação, precipitações;
- Alterações miccionais: oligúria, disúria, anúria, polatúria, hematúria, incontinência urinária, retenção urinária, inurese;
- Cólicas renais;
- Percussão: Giordano - não deu cólica; Giordeno +deu cólica renal;
Sistema Gastrointestinal

Abdôme

Inspeção:
- observar a forma, abaulamento, retração, circulação colateral e localização da cicatriz umbilical.
- Parâmetro normal: na posição em pé em perfil e no decúbito dorsal: apresenta a hemiabdome superior deprimido e o inferior com ligeira proeminência projetada na face anterior do abdôme.

Problemas de enfermagem:
- retraído: desedratação, caquexia;
- abaulamento generalizado: meteorismo, ascite, inguinal, obesidade;
- globoso: hérnia e eventração umbilical, inguinal, deiscência PO, acesso.
- Parâmetro normal: o abdôme deve ser plano e sua rede venosa superficial não deve ser visualizada;

Problemas de enfermagem:
- Circulação colateral na ascite; hipertensão portal e obstrução da veia cava.
- Parâmetro normal: a circulação mediana supra umbilical da aorta abdominal é somente observada em indivíduos magros (aortismo);

Problemas de enfermagem:
- dilatação da aorta; arteriosclerose e aneurisma;
- Parâmetro normal: normalmente a cicatriz umbilical apresenta-se mediana, simétrica, com depressão circular entre a distância xifo-pubiana.

Problemas de enfermagem:
- Desvio lateral: hérnia, retração de cicatriz cirúrgica, queimadura;
- Protundente: aumenta a pressão intra-abdominal (ascite, tumor).
- Parâmetro normal: o ânus é fechado em diafragma por pregas cutâneas radiadas e suaves.

Problemas de enfermagem:
- Puntiforme: fissura;
- Hipotônico: hemorróidas;
- Deformado: cirurgias pregressa e lesões inflamatórias;
- Infundibuliforme: pederastia (homossexualismo masculino).

Ausculta:
- Através do estetoscópio detecta-se os ruídos peristálticos em toda extensão do abdôme e possibilita a avaliação de toda sua frequencia e características. Deve proceder a palpação e a percussão, pois testes podem alterar os sons intestinais;
- Parâmetro normal: os ruídos intestinais são audíveis no mínimo a cada dois minutos, como resultado da interação do peristaltismo com os líquidos e gases.

Problemas de enfermagem:
- Borborigmo: oclusão intestinal por verminose, tumor, volvo.
- Íleo paralítico: pós-operatórios de cirurgias intestinais, inflamação.

Palpação superficial:
- Utiliza-se as mãos espalmadas com as polpas digitais em movimentos rotativos e rápidos nas regiões do abdôme. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade anatômica e a tensão da parede abdominal.
- Parâmetro normal: normalmente o peritônio é indolor à palpação, podendo ocorrer contração involuntária, devido a tensão e as mãos frias do examinador.

Problemas de enfermagem:
- Hiperesia cutânea, hipertonicidade, inflamação.

Baço

Palpação profunda e percussão:
- Posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado para a cabeceira da cama. Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o epigastro. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de alterações patológicas. No entanto, na percussão dígito-digital pode ser percebida a borda superior do baço, inclusive, nos pequenos aumentos de volumes (06 cm2).
- Parâmetro normal: o baço é de consistência mole, contorno liso, triangular e acompanha a concavidade do diafragma.
v Problemas de enfermagem:
- Consistência mole e dolorosa: infecções agudas;
- Consistência dura e pouco dolorosa: esquistossomose, cirrose hepática, leucemias e linfomas.
Intestinos

é Palpação profunda:
- Somente o ceco e o sigmóide são palpáveis devido à sua localização sobre o músculo psoas. Posicione-se à direita do paciente com as mãos paralelas fletidas em garra. Na expiração penetrar com as mãos ao nível da cicatriz umbilical até o músculo psoas. Deslizar as mãos obliquamente em direção à região inguinal direita. Se o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg positivo. Repita no lado esquerdo para palpação do sigmóide, indicando presença de fecaloma.
- Parâmetro normal: o ceco possui a forma de pera, é móvel e apresenta gargarejos. O apêndice vermiforme está posicionado à base do ceco, não sendo possível sua palpação.
v Problemas de enfermagem:
- Dor na região inguinal direita: apendicite;
- Pressão ou irritação química inibem a peristalce e excitam a válvula íleocecal.
- Parâmetro normal: o sigmóide está ao nível da crista ilíaca, curva-se para trás continuando com o reto, onde as fezes ficam acumuladas até a defecação.
v Problemas de enfermagem:
- Enterite: dor, flatulências, diarréias, desidratação, enterorragia;
- Hábito irregular de alimentação: constipação;
- Oclusão intestinal: tumor, aderência, verminoses, volvo, hérnia estranguladora.

Fígado

é Palpação profunda:
- Deve-se permanecer à direita do tórax do paciente com o dorso voltado para sua cabeceira. Colocar as mãos paraleas com os dedos fletidos em garras, desde a linha axilar anterior deslizando cuidadosamente do hipocôndrio direito até o hipocôndrio esquerdo. Solicita-se ao paciente para inspirar profundamente pois, nesta fase, devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação da borda hepática.
- Parâmetro normal: pode ou não ser palpável, é macio, tem superfície lisa e borda fina. O limite inferior não excede a dois ou três dedos transversos abaixo da reborda costal.
v Problemas de enfermagem:
- Não palpável: cirrose hepática avançada (hipotrofia do fígado);
- Palpável: hepatopatias (hepatites, colecistite aguda, tumor);
- Extra-hepática: enfisema pulmonar pressiona o fígado.

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