domingo, 20 de julho de 2008

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (TAXONOMIA DE NANDA)

PRESENTAÇÃO
Diante da necessidade que vi nos meus colegas em reproduzir uma adequada prescrição de enfermagem, seu respectivo diagnóstico, localização dos problemas relacionados e avaliação dos resultados, tive a iniciativa em buscar os diagnósticos de enfermagem baseados em CARPENITO (CARPENITO, J.L. Manual de Diagnósticos de Enfermagem, 8ª ed., Porto Alegre, ArtMed Editora, 2001) que é editar este manual de técnicas de Enfermagem incluindo os problemas e suas prescrições de enfermagem, diferente de plano de cuidados.
Com alegria, encontrei online todo o diagnóstico de enfermagem (taxonomia NANDA) reproduzido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem – NEPAE, com muito agradecimento ao GIDE-PB.


1 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA TROCAR.
- Ingestão de dietas qualitativamente inadequadas.

1.1.2.2.- Nutrição Alterada: Ingestão Menor Que As Necessidades Corporais. .
Problemas: Caquexia

DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo tem uma ingestão de nutrientes que não atende suas necessidades metabólicas.

Possíveis Causas:
(características definidoras)
- Perda de peso, mesmo com a ingestão alimentar adequada;
- Peso corporal 20% ou mais abaixo do ideal;
- Relato de ingestão inadequada de alimentos, menos do que a porção diária recomendada;
- Fraqueza dos músculos usados na mastigação e na deglutição;
- Relato ou evidência de falta de alimentos;
- Aversão aos alimentos;
- Relato de alteração na sensação gustativa;
- Sensação incômoda de ingestão demasiada;
- Dor abdominal com ou sem patologia;
- Cavidade oral inflamada ou ferida;
- Fragilidade vascular;
- Cólica abdominal;
- Diarréia e/ou esteatorréia;
- Aumento dos ruídos hidroaéreos;
- Falta de interesse por alimentar-se;
- Inabilidade percebida para ingerir alimentos;
- Conjuntiva e mucosas pálidas;
- Tônus muscular enfraquecido;
- Excessiva perda de cabelos.
FATORES RELACIONADOS:
- Inabilidade para ingerir ou digerir alimentos ou absorver nutrientes, devido a fatores biológicos, psicológicos, econômicos e culturais;
- Falta ou déficit de informação sobre alimentação adequada;
- Conceitos errados sobre prática alimentar.

1.1.2.3.- Nutrição Alterada: Potencial Para Ingestão Maior Do Que As Necessidades Corporais.
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de experimentar uma ingestão de nutrientes que excede as necessidades metabólicas.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
.*Obesidade relatada ou observada em um ou em ambos os país;
.*Rápida transição além dos percentuais normais de crescimento na criança;
.Relato do uso de alimentos sólidos como a fonte de alimentação antes dos cinco meses de idade;
.Uso observado de alimentos como recompensa ou medida de conforto;
.Peso acima da linha base observado ou relatado no início de cada gestação;
.Disfunção do padrão alimentar: o indivíduo associa a alimentação com outras atividades; concentra a ingestão de alimentos para o final do dia; alimenta-se em resposta a situações externas, tais como: hora do dia ou situação social; alimenta-se em resposta a situações internas outras que não sejam a fome (por exemplo: a ansiedade) .


1.2.1.1 - Potencial Para Infecção

DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo está com risco aumentado para ser invadido por organismo patogênico.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
- Defesa primária insuficiente (solução de continuidade da pele, trauma tissular, diminuição da ação capilar, estase de líquidos corporais, mudança no pH das secreções, peristaltismo alterado); (M)
- Defesa secundária insuficiente (por exemplo, diminuição da hemoglobina, leucopenia, supressão de resposta inflamatória e imunossupressão); (M)
- Imunidade adquirida inadequada;
- Destruição de tecidos e exposição ambiental aumentada
- Doença crônica;
- Procedimentos invasivos;
- Desnutrição;
- Uso de agentes farmacológicos (M)
- Trauma;
- Rotura precoce ou prematura das membranas ovulares; (M)
- Conhecimento insuficiente para evitar exposição a patógenos.
FATORES RELACIONADOS
- Vide presença de fatores de risco.

1.2.2.1 - Potencial para temperatura corporal alterada
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta risco para falha em manter a temperatura corporal dentro da faixa normal.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
.Extremos de idade;
.Extremos de peso;
.Exposição a ambiente frio ou muito frio, e quente ou muito quente;
.Desidratação;
.Inatividade ou atividade intensa;
.Medicamentos vasoconstrictores/vasodilatadores; (M)
.Metabolismo alterado; (M)
.Sedação; (M)
.Roupas inapropriadas para a temperatura ambiental;
.Doenças ou traumas que afetam a regulação da temperatura.
FATORES RELACIONADOS
.Vide presença de fatores de risco.

1.2.2.2 - Hipotermia
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta temperatura corporal abaixo da faixa normal. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Redução da temperatura corporal abaixo da faixa normal;
.Tremor (leve) ;
.Pele fria;
.Palidez (moderada) ;
.Bradicardia; (A)
.Hipertensão. (A)
Menores:
.Enchimento capilar lento;
.Taquicardia;
.Leito ungueal cianótico;
.Hipertensão;
.Piloereção.
FATORES RELACIONADOS:
.Exposição a ambiente frio ou muito quente;
.Doença ou trauma;
Lesão do hipotálamo;
Incapacidade de tremer; (M)
Má nutrição;
Vestimentas inadequadas;
Consumo de álcool;
Uso de medicação vasodilatadora(M)
.Evaporação através da pele em ambientes frios;
Metabolismo diminuído; (M)
Inatividade;

Envelhecimento.

1.2.2.3 - Hipertermia (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta elevação da temperatura corporal acima da faixa normal. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maior:
.Aumento da temperatura corporal acima da faixa normal.
Menores:
.Rubor; (M)
.Pele quente ao tato;
.Freqüência respiratória aumentada;
.Taquicardia;
.Ataques ou convulsões.
FATORES RELACIONADOS:
.Exposição a ambiente quente;
.Atividade intensa;
.Medicamentos ou anestesia;
.Vestimenta inapropriada;
.Metabolismo aumentado; (M)
.Doença ou trauma;
.Desidratação;
.Incapacidade ou capacidade diminuída para transpirar. (M)

1.2.2.4 - Termorregulação ineficaz (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta oscilações da temperatura entre valores acima e abaixo da faixa de normalidade. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Oscilações da temperatura corporal entre valores acima ou abaixo da faixa normal; (M)
.Vide também características maiores e menores presentes na hipotermia e na hipertermia.
FATORES RELACIONADOS:
Trauma ou doença;
Prematuridade; (M)
Envelhecimento;
Variação da temperatura ambiental (M)

1.2.3.1 - Disreflexia (M) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo, com lesão da medula espinhal ao nível de T7 ou acima, experimenta uma ameaça decorrente do descontrole simpático a estímulos. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores: indivíduo com lesão da medula espinhal (T7 ou acima) com:
.Hipertensão paroxística (repentina elevação periódica da pressão sangüínea, sendo a pressão sistólica acima de 140 mmHg e a diastólica acima de 90 mmHg);
.Bradicardia ou taquicardia (freqüência do pulso menos de 60 ou acima de 100 pulsações por minuto) ;
.Diaforese (acima de lesão) ;
.Palidez (abaixo da lesão) ;
.Cefaléia (uma dor difusa em diferentes partes da cabeça e não restrita a qualquer área de localização nervosa) .
Menores:
.Resfriamento;
.Congestão de conjuntivas;
.Síndrome de Honer (contração da pupila, ptose parcial da pálpebra, exoftalmia e, às vezes, perda da sudorese sobre a face, do lado afetado) ;
.Visão turva;
.Dor torácica;
.Sabor metálico na boca;
.Congestão nasal;
.Parestesia; (A)
.Piloereção. (A)
FATORES RELACIONADOS:
.Distensão da bexiga;
.Distensão abdominal;
.Irritabilidade da pele;
.Falta de conhecimento do paciente ou da pessoa que cuida dele.

1.3.1.1 - Constipação (1975)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma mudança nos hábitos intestinais normais, caracterizado por uma diminuição na freqüência e/ou na eliminação de fezes endurecidas e secas.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Freqüência da eliminação menor do que o padrão usual;
.Dificuldade na eliminação de fezes endurecidas;
.Massa palpável;
.Relato de sensação de pressão no reto;
.Relato de sensação de “reto cheio” ;
.Esforço para evacuar.
Outras possíveis características:
.Dor abdominal;
.Apetite prejudicado;
.Dor nas costas;
.Cefaléia;
.Uso de laxativos.
FATORES RELACIONADOS:
.Alteração no estilo de vida; (T de CD)
.Alteração no padrão alimentar; (A)
.Alterações anátomo-fisiológicas decorrentes da gravidez. (A)

1.3.1.1.1 - Constipação percebida (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo faz um autodiagnóstico de constipação e mantém uma eliminação diária, com o abuso de laxantes, enemas e supositórios.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Expectativa de uma eliminação intestinal diária, resultante do uso exagerado de laxantes, enemas e supositórios;
.Eliminação esperada de fezes, em uma determinada hora, todos os dias.
FATORES RELACIONADOS:
.Crenças de saúde, culturais ou familiares;
.Carência afetiva;
.Processo de pensamento prejudicado;
.Avaliação falha quanto ao próprio padrão intestinal. (A)

1.3.1.1.2 - Constipação colônica (M) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta padrão de eliminação caracterizado por fezes secas e endurecidas, resultantes da demora na eliminação dos resíduos alimentares. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Freqüência reduzida; (M)
.Fezes secas e endurecidas;
.Esforço para evacuar;
.Evacuação dolorosa;
.Distensão abdominal;
.Massa palpável.
Menores:
.Pressão retal;
.Cefaléia;
.Apetite prejudicado;
.Dor abdominal.
FATORES RELACIONADOS:
.Ingestão de líquidos menor do que a adequada;
.Ingestão de alimentos menor do que a adequada;
.Ingestão de fibras menor do que a adequada;
.Atividade física menor do que a adequada;
.Imobilidade;
.Falta de privacidade;
.Distúrbios emocionais;
.Uso crônico de medicamentos e enemas;
.Estresse;
.Mudanças na rotina diária;
.Problemas metabólicos (por exemplo, hipotireoidismo, hipocalcemia e hipocalemia).

Diarréia
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma mudança nos hábitos intestinais, caracterizada por frequentes e inevitáveis eliminações e não formadas.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Dor abdominal;
.Cólica;
.Freqüência aumentada das eliminações;
.Freqüência aumentada do peristaltismo;
.Fezes liquidas;
.Sensação de urgência para evacuar. (M)
Outra possível característica:
.Mudança na coloração das fezes.
FATORES RELACIONADOS:
.A serem desenvolvidos.

Incontinência intestinal
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma mudança nos hábitos intestinais, caracterizada pela eliminação involuntária de fezes.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Involuntária eliminação de fezes.
FATORES RELACIONADOS:
.Lesão da medula espinhal. (A)

Eliminação urinária alterada
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta um distúrbio na eliminação urinária.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Disúria;
Freqüência da eliminação urinária aumentada ou diminuída;
.Tenesmo miccional; (M)
.Incontinência;
.Nictúria;
.Retenção;
.Sensação de urgência para urinar. (M)
FATORES RELACIONADOS:
.Causas múltiplas, incluindo-se: obstrução anatômica, sensibilidade motora prejudicada, infecção do trato urinário.

1.3.2.1.1 - Incontinência por pressão (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma perda da urina menor do que 50 ml, acompanhada de aumento da pressão abdominal.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maior:
.Relato ou observação de micção, gota-à-gota com aumento da pressão abdominal.
Menores:
.Micção imperiosa;
.Aumento da freqüência urinária (freqüência de esvaziamento inferior a duas horas) ; (M)
.Superdistensão entre as eliminações.(T de FR)
FATORES RELACIONADOS:
.Mudanças degenerativas nos músculos pélvicos e dos suportes estruturais associados com o aumento da idade;
.Pressão intra-abdominal elevada (por exemplo: obesidade, gravidez);
.Disfunção do esfíncter externo da bexiga;
.Enfraquecimento dos músculos pélvicos e dos suportes estruturais.

1.3.2.1.2 - Incontinência reflexa (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta perda involuntária de urina, ocorrendo a intervalos até certo ponto previsíveis, quando atinge um determinado volume vesical. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Ausência da sensação de enchimento vesical; (M)
.Nenhuma urgência para eliminação ou sensação de bexiga cheia;
.Incapacidade de inibir espasmo ou contração a intervalos regulares.
FATORES RELACIONADOS:
.Danos neurológicos (por exemplo: lesão da medula espinhal, a qual interfere na condução de mensagens cerebrais acima do nível do arco reflexo) .

1.3.2.1.3 - Incontinência impulsiva (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma eliminação involuntária de urina, ocorrendo logo depois de uma forte sensação de urgência para urinar.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Urgência miccional; (M)
.Aumento da freqüência das micções (intervalos menores que duas horas) ; (M)
.Contração ou espasmo vesical.
Menores:
.Nictúria (micção mais de duas vezes por noite) ;
.Eliminação em pequenas quantidades (menos de 100 ml) ou em grandes quantidades (mais de 550 ml) ;
.Incapacidade de chegar a tempo no vaso sanitário.
FATORES RELACIONADOS:
.Diminuição da capacidade da bexiga (por exemplo: história de doenças pélvicas infecciosas, cirurgia abdominal, cateterismo vesical) ;
.Irritação dos receptores de distensão da bexiga, causando espasmo (por exemplo: infecção na bexiga) ;
.Álcool;
.Cafeína;
.Aumento da ingestão de líquidos;
.Elevação da concentração urinária;
.Hiperdistensão da bexiga.

1.3.2.1.4 - Incontinência funcional (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma involuntária e imprevisível eliminação urinária.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Urgência para micção ou contrações vesicais suficientemente fortes para resultar em perda involuntária de urina. (M)
FATORES RELACIONADOS:
.Alteração ambiental;
.Déficit sensorial, cognitivo ou motor.

1.3.2.1.5 - Incontinência total (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma continua e imprevisível perda de urina.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Constante fluxo de urina ocorrendo em períodos imprevisíveis, sem ser precedido por distensão, contração ou espasmos incontroláveis da bexiga;
.Insucesso nos tratamentos de incontinência refrataria;
.Nictúria.
Menores:
.Falta de consciência do enchimento perineal ou vesical;
.Falta de consciência da incontinência.
FATORES RELACIONADOS:
.Neuropatia que impede a transmissão do reflexo indicativo de bexiga cheia;
.Disfunção neurológica causando inicio da micção em intervalos imprevisíveis;
.Contração autônoma do detrusor, devido a cirurgia; (M)
.Trauma ou doença afetando os nervos da medula espinhal;
.Dano de estrutura anatômica (por exemplo: fístula) .

1.3.2.2 - Retenção urinária (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta esvaziamento incompleto da bexiga.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Distensão vesical;
.Eliminação frequente em pequena quantidade ou ausência de débito urinário.
Menores:
.Sensação de bexiga cheia;
.Micção gota-à-gota;
.Urina residual;
.Disúria;
.Perda involuntária do excesso.
FATORES RELACIONADOS:
.Pressão uretral elevada, causada por enfraquecimento do detrusor;
.Inibição do arco reflexo;
.Contração do esfíncter;
.Bloqueio de fluxo.

1.4.1.1 - Perfusão Tissular Alterada (Renal, Cerebral, Cardiopulmonar, Gastrointestinal, Periférica) ++ (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta, ao nível celular, uma diminuição na nutrição e na oxigenação, devida a um déficit no suprimento sangüíneo capilar.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:

Probabilidade Sensibilidade
de que a e especificidade
característica estimadas.
esteja Probabilidade
presente de que a
em característica
determinado não esteja
diagnóstico. clara ou não
seja
elucidada por
nenhum outro
diagnóstico.
Temperatura da pele:
extremamente fria; ALTA BAIXA
Coloração da pele:
azulada ou
arroxeada; (M) MODERADA BAIXA
*Palidez à elevação
com ausência de
retorno da cor ao
abaixar as pernas; (M) ALTA ALTA
*Pulsações arteriais
diminuídas; ALTA ALTA
Qualidade da pele:
brilhante; ALTA BAIXA
Falta de lanugem; ALTA MODERADA
Escaras
arredondadas
(cobertas com pele
atrofiada); ALTA MODERADA
Gangrena; BAIXA ALTA
Unhas secas,
quebradiças com
crescimento lento; ALTA MODERADA
Claudicação; MODERADA ALTA
Pressão
sangüínea
variando em
extremos; MODERADA MODERADA
Ruídos adventícios; MODERADA MODERADA
Lenta cicatrização
de lesões. ALTA BAIXA

FATORES RELACIONADOS:
.Interrupção do fluxo arterial;
.Interrupção do fluxo venoso;
.Problemas de trocas;
.Hipovolemia;
.Hipervolemia.

1.4.1.2.1 - Excesso do volume de líquido (1982)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta aumentada retenção de líquidos e edema.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.Edema;
.Infiltração;
.Anasarca;
.Ganho de peso;
.Respiração curta;
.Ortopnéia;
.Ingestão maior que a excreta;
.Sopro cardíaco; (M)
.Congestão pulmonar ao raio X do tórax; (M)
.Ruídos adventícios, estertores (crepitantes) ; (M)
.Mudanças no estado mental;
.Hemoglobina e hematócrito baixos;
.Variação na pressão arterial;
.Variação na PVC;
.Variação na pressão arterial pulmonar;
.Ingurgitamento da jugular;
.Reflexo hepatojugular positivo;
.Oligúria;
.Variação na densidade específica da urina;
.Azotemia;
.Alteração de eletrólitos;
.Inquietação;
.Ansiedade.
FATORES RELACIONADOS:
.Comprometimento dos mecanismos reguladores;
.Excessiva ingestão de líquidos;
.Excessiva ingestão de sódio.




1.4.1.2.2.1 - Déficit do volume de líquidos (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta volume vascular diminuído, desidratação celular ou intersticial. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Mudanças no débito urinário;
Mudanças na concentração da urina;
Súbita perda ou ganho de peso;
Enchimento venoso diminuído;
Hemoconcentração;
Alteração no sódio sérico.
Outras possíveis características:
Hipotensão;
Sede;
Freqüência do pulso aumentada;
Diminuição do turgor da pele;
Diminuição do volume e da pressão do pulso;
Temperatura corporal elevada;
Pele seca;
Membranas mucosas secas;
Fraqueza; (M)
Mudança no estado mental.
FATORES RELACIONADOS:
Perda ativa de volume de líquido;
Falha nos mecanismos reguladores.

1.4.1.2.2.2 - Potencial para déficit do volume de líquidos (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de diminuição do volume vascular, desidratação celular ou intersticial. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
Extremos de idade;
Extremos de peso;
Excessivas perdas de líquidos por vias normais (por ex.: diarréia) ;
Perda de fluídos através de vias anormais (por ex.: drenos) ;
Alterações que afetam o acesso, a ingestão ou a absorção dos líquidos (por ex.: imobilidade física) ;
Fatores que influem nas necessidades de líquidos (por ex.: estado hipermetabólico) ;
Deficiência de conhecimentos ,relacionados com as necessidades de volume de líquido;
Medicação (por ex.: diuréticos) .
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.5.1.1 - Troca de gases prejudicada (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma diminuição na passagem de oxigênio e/ou dióxido de carbono entre os alvéolos pulmonares e o sistema vascular.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Confusão;
Sonolência;
Inquietação;
Irritabilidade;
Inabilidade para remover secreções;
Hipercapnia;
Hipóxia.
FATORES RELACIONADOS:
Desequilíbrio na relação ventilação-perfusão.

1.5.1.2 - Eliminação traqueobrônquica ineficaz (M) (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo é incapaz de eliminar secreções ou obstruções do trato respiratório, para mantê-lo livre. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Ruídos adventícios (estertores, roncos) ; (M)
Alteração na freqüência e na profundidade da respiração;
Taquipnéia;
Tosse produtiva insuficiente para desobstruir as vias aéreas; (M)
Cianose;
Dispnéia.
FATORES RELACIONADOS:
Fadiga ou energia diminuída;
Secreção, obstrução ou infecção traqueobrônquica;
Problemas perceptivos ou cognitivos;
Trauma.

1.5.1.3 - Padrão respiratório ineficaz (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta um padrão de inspiração e/ou expiração que não produz enchimento ou esvaziamento pulmonar adequado. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Dispnéia;
Respiração curta;
` Taquipnéia;
Frêmitos;
Alteração na gasometria arterial (M)
Cianose;
Tosse;
Alteração na expansão torácica; (M)
Batimento das asas do nariz; (M)
Respiração pela boca (como se estivesse soprando) ;
Fase expiratória prolongada;
Diâmetro ântero-posterior aumentado;
Uso de músculos acessórios;
Movimentos torácicos alterados;
Ortopnéia. (A)
FATORES RELACIONADOS:
Atividade neuromuscular prejudicada;
Dor;
Dano músculo-esquelético;
Problemas perceptivos ou cognitivos;
Ansiedade;
Fadiga ou energia diminuída.

1`.6.1 - Potencial para injúria (M( (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de injúria, resultante da interação das condições ambientais com os recursos adaptativos e defensivos. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco -
a) Internos, tais como:
Função bioquímica e reguladora (disfunção sensorial, disfunção integrativa, disfunção dos efetores; hipóxia tecidual) ;
Má nutrição;
Auto-imunidade;
Perfil anormal do sangue (leucocitose ou leucopenia; alteração nos fatores de coagulação; trombocitopenia; células em forma de foice; talassemia; hemoglobina diminuída) ;
Fator físico (lesão da pele, alteração na mobilidade) ;
Fator do desenvolvimento da idade (fisiológico, psicossocial) ;
Fator psicológico(afetividade, orientação) .
b) Externos, tais como:
Fator biológico (nível de imunização da comunidade, microorganismos) ;
Fator químico (poluentes, venenos, drogas, agentes farmacêuticos, álcool, cafeína, nicotina, conservantes, cosméticos e tinturas) ;
Nutrientes (vitaminas, tipos alimentares) ;
Fator físico (planta, estrutura, organização da comunidade, construção e/ou equipamentos) ;
Modalidade de transporte e/ou locomoção;
Tipo de trabalho (agentes nosocomiais; padrão de horário de trabalho; fatores cognitivos, afetivos e psicomotores) .
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.1.1 - Potencial para sufocação (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta acentuado risco de sufocação acidental (ar disponível inadequado para inalação) . (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco -
a) Internos (individuais) , tais como:
Redução da sensibilidade olfativa;
Redução da habilidade motora;
Falta de educação na área de segurança;
Falta de cuidados de segurança;
Dificuldade emocional ou cognitiva;
Doença ou processo de ferimentos.
b) Externos (ambientais) , tais como:
Travesseiro colocado no berço da criança;
Suporte de mamadeira pendurado no berço da criança;
Aquecimento de veículos em garagem fechada;
Criança brincando com saco plástico ou colocando pequenos objetos na boca ou no nariz;
Refrigerador ou freezer fora de uso sem as portas removidas;
Criança deixada sozinha em banheiros e piscinas;
Vazamento de gás domiciliar;
Hábito de fumar na cama;
Uso de aquecedor que não tenha chaminé;
Varal de roupas colocado muito baixo;
Pessoa que come com a boca muito cheia;
Criança com chupeta pendurada no pescoço.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.1.2 - Potencial para envenenamento (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta acentuado risco de exposição acidental ou ingestão de drogas ou produtos nocivos em doses suficientes para causar envenenamento (M).
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco:
a) Internos (individuais) , tais como:
Diminuição da acuidade visual;
Trabalho em local em que não há adequada proteção para produtos nocivos ; (M)
Falta de educação e de medidas de segurança contra as drogas;
Falta de cuidados adequados;
Dificuldades cognitiva e emocional;
Finanças insuficientes.
b) Externos (ambientais) , tais como:
Estoque de medicamentos em casa;
Medicamentos guardados em armário aberto e acessível a crianças ou a pessoas com problemas mentais;
Produtos nocivos colocados ou guardados ao alcance de crianças ou de pessoas com problemas mentais;
Disponibilidade de drogas ilegais, potencialmente contaminadas por aditivos venenosos;
Pintura ou reboco das paredes desprendendo-se onde estejam crianças;
Contaminação química de alimentos e de água;
Contato, sem a devida proteção, com produtos químicos e mentais pesados;
Tinta, resina, etc., em área pouco ventilada ou sem proteção efetiva;
Presença de vegetais venenosos;
Presença de poluentes atmosféricos.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.1.3 - Potencial para trauma (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta acentuado risco de lesão tecidual acidental (por ex.: ferimento, queimadura, fratura). (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco:
a) Internos (individuais) , tais como:
Fraqueza;
Diminuição de acuidade visual;
Dificuldade de equilíbrio;
Redução da sensibilidade ao calor ou ao tato;
Redução pequena ou grande da coordenação muscular;
Redução da coordenação olho/mão
Falta de educação em assuntos de segurança ambiental;
Falta de cuidados de segurança;
Recurso insuficiente para adquirir equipamentos de segurança ou uma manutenção eficaz;
Dificuldade emocional ou cognitiva;
História de trauma anterior.
b) Externos (ambientais) , tais como:
Pisos escorregadios (por ex.: molhado ou excessivamente encerados);
Tapete solto;
Banheira sem suporte de apoio ou sem equipamento antiderrapante;
Uso de escadas ou cadeiras em falso;
Entradas em locais sem iluminação;
Escadas com corrimão inseguro ou ausente;
Fios elétricos descobertos;
Lixo ou líquidos derramados nos assoalhos ou escadas;
Camas altas sem proteção adequada ; (M)
Crianças brincando no alto de escadas sem portão;
Corredores ou andares com passagem obstruída ; (M)
Janelas com proteção inadequada em casas com crianças pequenas;
Mecanismo de chamada no leito inadequado ou defeituoso ; (M)
Panelas com o cabo para fora do fogão;
Falta de observação prévia da temperatura da água do banho ; (M)
Fogões a gás com defeito nos acendedores, ou com vazamento de gás ; (M)
Manuseio de gasolina ou substância química sem a devida proteção ; (M)
Aquecedores ou lareiras sem telas;
Material inflamável (plástico, tecido ou papel) próximo do fogo ; (M)
Criança brincando com fósforo, vela ou com cigarro;
Combustíveis ou corrosivos guardados inadequadamente (por ex.: fósforos, panos sujos de óleo, detergentes) ;
Brinquedo ou roupa de criança inflamáveis ;
Caixa de força sobrecarregada ;
Contato com maquinaria de movimento rápido, correias ou roldanas industriais;
Escorregamento sobre tecido ou superfície áspera; (M)
Grades da cama sem proteção para pacientes inquietos, agitados ou com distúrbios neurológicos; (M)
Falta de proteção nas tomadas elétricas, fios desgastados ou dispositivos elétricos com defeito; (M)
Contato com ácidos ou álcalis;
Brincadeira com fogos de artifício ou pólvora;
Contato com o frio intenso;
Hiperexposição aos raios solares, radioterapia;
Uso de louça ou copo quebrado;
Facas guardadas descobertas;
Revólver ou munição guardados sem chave;
Exposição a maquinaria perigosa;
Criança brincando com brinquedo afiado;
Elevada criminalidade na vizinhança e clientes vulneráveis;
Veículo dirigido, sem segurança mecânica;
Veículo dirigido por motorista alcoolizado ou drogado;
Veículo dirigido com velocidade excessiva;
Veículo dirigido sem acessórios visuais;
Criança no banco da frente do carro;
Fumar na cama ou próximo de oxigênio;
Chave elétrica sobrecarregada;
Gordura acumulada no fogão;
Uso de pegador fino de panela, ou panela com cabo desgastado;
Falta de uso, ou uso incorreto de capacete para motoqueiro, ou crianças carregadas em bicicletas de adultos;
Estradas ou cruzamentos sem condições de segurança;
Brincadeira ou trabalho próximos à passagem de veículos (por ex.: rua, travessa, linha de trem);
Falta de uso, ou uso incorreto de dispositivos de segurança no assento de veículo.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.1.4 - Potencial para aspiração (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de entrada de secreções gastrointestinais, secreções orofaríngeas, sólidos ou líquidos na via traqueobrônquica. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
Diminuição do nível de consciência;
Depressão dos reflexos de tosse e deglutição;
Presença de traqueostomia ou tubo endotraqueal;
Redução incompleta do esfíncter esofageano;
Tubos gastrointestinais;
Tubos para alimentação;
Administração de medicamentos;
Situações que dificultam a elevação da parte superior do corpo;
Aumento da pressão intragástrica;
Aumento do resíduo gástrico;
Diminuição da motilidade gastrointestinal;
Esvaziamento gástrico retardado;
Deglutição prejudicada;
Trauma ou cirurgia facial, oral ou do pescoço;
Mandíbula imobilizada.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.1.5 - Potencial para síndrome do desuso (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de deterioração de sistemas corporais, como resultado de uma inatividade músculo-esquelética inevitável ou prescrita como medida terapêutica++
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
Paralisia;
Imobilidade mecânica;
Imobilidade prescrita;
Dor severa;
Alteração do nível da concentração.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

1.6.2 - Proteção alterada (1990)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo tem diminuição da capacidade de defender-se de ameaças internas ou externas tais como doença ou injúria. (A)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Imunidade insuficiente;
Cicatrização prejudicada;
Coagulação alterada;
Resposta ineficaz ao estresse;
Alteração neuro-sensorial.
Menores:
Calafrios;
Perspiração;
Dispnéia;
Tosse;
Prurido;
Inquietação;
Insônia;
Fadiga;
Anorexia;
Fraqueza;
Imobilidade;
Desorientação;
Úlceras de decúbito.
FATORES RELACIONADOS: (A)
Extremos de idade;
Nutrição inadequada;
Abuso de álcool;
Perfis sangüíneos alterados

1.6.2.1 - Integridade tissular prejudicada (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta lesão em mucosas, córneas, tecido cutâneo ou subcutâneo. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Tecido lesado ou destruído (córnea, mucosas, pele ou subcutâneo) . (M)
FATORES RELACIONADOS:
Circulação alterada;
Déficit ou excesso nutricional;
Déficit ou excesso de líquidos;
Déficit de conhecimento;
Mobilidade física prejudicada;
Irritantes químicos ( incluindo-se medicamentos, excreções e secreções corporais) ;
Fator térmico (temperaturas extremas) ;
Fator mecânico (pressão, corte, fricção) ;
Radiação (incluindo-se terapêutica de radiação) .

1.6.2.1.2.1 - Integridade da pele prejudicada (1975)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta alteração na integridade da pele. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Solução de continuidade da pele (M)
Destruição das camadas da pele;
Invasão de estruturas do corpo.
FATORES RELACIONADOS:
Externos (ambientais) , tais como:
Hipertermia ou hipotermia;
Substância química;
Fatores mecânicos (contenção e adesivo que puxa os pêlos) p;
Radiação;
Imobilidade física;
Umidade.
Internos (somático) , tais como:
Medicamentos de uso interno que podem causar reações adversas na pele (por ex.: urticária) ; (M)
Alteração no estado nutricional (obesidade e emagrecimento) ;
Alteração no estado metabólico;
Alteração circulatória;
Sensibilidade alterada;
Pigmentação alterada;
Proeminência óssea;
Fatores de desenvolvimento;
Déficit imunológico;
Alteração no turgor e na elasticidade da pele.

1.6.2.1.2.2 - Potencial para integridade da pele prejudicada (M) (1975)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo apresenta o risco de sofrer uma solução de continuidade na pele. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco:
a) Externos (ambientais) , tais como:
Hipotermia ou hipertermia;
Substâncias químicas;
Fatores mecânicos (força de cisalhamento, pressão, restrição) ;(M)
Radiação;
Imobilidade física;
Excreções ou secreções;
Umidade.
b) Internos (somáticos) , tais como:
Medicamentos de uso interno que podem causar reações adversas na pele (por ex.: urticária) ; (M)
Alteração no estado nutricional (obesidade e emagrecimento) ;
Alteração no estado metabólico;
Alteração circulatória;
Sensibilidade alterada;
Pigmentação alterada;
Proeminência óssea;
Fatores de desenvolvimento;
Alteração no turgor e na elasticidade da pele.
Fator psicogênico;
Fator imunológico.
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco.

2 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA
COMUNICAR

2.1.1.1- Comunicação verbal prejudicada (1973)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta impedimento, diminuição ou ausência na habilidade de receber, processar, transmitir e usar um sistema de símbolos. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
.*Dificuldade de acompanhar/manter um padrão usual de comunicação; (M)
.*Obstinação em não falar;
.Desorientação auto/alopsíquica; (M)
.*Dificuldade de verbalizar ou falar expressa por afonia, disfonia, distúrbio de ritmo, dislalia ou disartria; (M)
.Dificuldades de expressar pensamento caracterizadas por afasia, disfasia, apraxia ou dislalia; (M)
.Déficit auditivo parcial ou total; (A)
.Déficit visual parcial ou total; (A)
.Expressão facial/corporal de tensão; (A)
.Fácies inexpressivas; (A)
.Ansiedade/depressão. (A)
FATORES RELACIONADOS:
Diferenças culturais;
Diferenças relacionadas ao desenvolvimento e idade;
Barreira psicológica;
Ação medicamentosa;(A)
Barreiras ambientais; (A)
Ausência de pessoas significativas; (A)
Percepção alterada; (A)
Déficit de informação; (A)
Estresse; (A)
Alteração na auto-estima e no autoconceito; (A)
Condições físicas:
-barreiras físicas (traqueostomia);
-alterações anatômicas (aparelho auditivo, visual, fonador) ; (A)
-alteração do sistema nervoso central (A)
-alterações neuromusculares; (A)
-enfraquecimento músculo-esquelético (A)

3 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA
RELACIONAR

3.1.1- Interação social prejudicada (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo participa de relacionamento social em quantidade insuficiente ou excessiva, ou em qualidade ineficaz.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
.Desconforto verbalizado ou observado em situações sociais;
.Inabilidade verbalizada ou observada para receber ou comunicar uma sensação gratificante de pertencer, cuidar, interessar-se, ou compartilhar com os outros;
.Uso observado de comportamentos de interação social fracassados;
.Disfunção interativa com seu grupo etário, família e/ou outros
Menor:
Relato familiar de mudanças no estilo ou padrão de interação.
FATORES RELACIONADOS:
Déficit de conhecimento ou habilidade para aumentar a interação;
Barreiras de comunicação;
Distúrbio de autoconceito;
Ausência de pessoas significativas ou grupos significativos disponíveis;
Limitação de mobilidade motora;
Terapêutica de isolamento;
Desigualdade sócio-
econômico-cultural (M)
Barreiras ambientais;
Alteração do processo do pensamento.

3.1.2- Isolamento social (1982)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta solidão, percebida como uma imposição dos outros e como um estado negativo e ameaçador.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Objetivas:
*Ausência do suporte significativo de outros (familiares, amigos e colegas) ;
Afeto triste e embotado;
Interesses ou atividades inapropriadas ou imaturas para a idade ou estágio de desenvolvimento;
Sem comunicação, isolado, sem contato olho-a-olho;
Preocupação com os próprios pensamentos, atos repetitivos sem significado;
Hostilidade projetada na voz e no comportamento;
Procura viver sozinho ou em uma subcultura; (M)
Evidência de deficiência física ou mental, ou estado de bem-estar alterado;
Comportamento não aceito pelo grupo cultural dominante.
Subjetivas:
*Sentimentos expressos de solidão imposta por outros;
*Sentimentos expressos de rejeição;
Experiência de sentimento de ser diferente dos outros;
Experiência de inadequação, por ausência de propósitos significativos na vida;
Sentimentos expressos de inabilidade para apresentar-se em público; (M)
Valores expressos aceitáveis para o grupo de subcultura, mas inaceitáveis para o grupo cultural dominante;
Interesses expressos inapropriados para a idade ou estágio de desenvolvimento.
FATORES RELACIONADOS:
Fatores contribuindo para a ausência de relacionamento pessoal satisfatório, tais como:
-Demora em atingir etapas do desenvolvimento;
-Interesses imaturos;
-Alterações na aparência física;
-Alteração no estado mental;
-Alteração no bem-estar;
-Recursos pessoais inadequados;
-Inabilidade para engajar-se em relacionamento pessoal satisfatório.

3.2.1- Desempenho de papel alterado (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo evidência distúrbio na maneira de perceber o desempenho de seu papel.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Mudanças na percepção do próprio papel;
Negação do papel;
Mudanças na percepção do papel de outros;
Conflito de papeis;
Mudança na capacidade física para reassumir o papel;
Falta de assimilação ou conhecimento do papel; (M)
Mudança no padrão usual de responsabilidade.
FATORES RELACIONADOS:
Dificuldades cognitivo-perceptivas; (A)
Retardo mental; (A)
Crises de desenvolvimento; (A)
Carência de modelo de papel; (A)
Ambigüidade do modelo de papel; (A)
Suporte inadequado. (A)

3.2.1.1.1- Paternidade ou maternidade alterada (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o pai ou a mãe experimenta uma inabilidade para criar um ambiente que promova um ótimo crescimento e um ótimo desenvolvimento de outro ser humano.+
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Abandono;
Fuga;
Inabilidade para controlar crianças só com palavras;
Incidência de trauma físico e psicológico;
Ausência de vínculo afetivo; (M)
Estimulação visual, tátil e auditiva inapropriada;
Identificação negativa de característica da criança;
Constante verbalização de desapontamento com o sexo ou características físicas da criança;
Verbalização de ressentimento com a criança;
Verbalização de inadequação no papel;
*Falta de atenção às necessidades da criança;
Insatisfação verbalizada com as funções do corpo da criança;
Negligência nos cuidados de saúde pessoais ou da criança; (M)
*Comportamentos de cuidados pessoal inapropriados (higiene, sono, repouso e alimentação) ;
Práticas de disciplinas inapropriadas ou inconsistentes;
Freqüentes acidentes;
Freqüentes enfermidades;
Atraso no crescimento e/ou no desenvolvimento da criança;
*História pessoal de maltrato ou abandono, quando criança, por pessoa significativa; (M)
Verbalização do desejo de que a criança o chame pelo primeiro nome, ao invés de chamá-lo de acordo com as tendências tradicionais da cultura;
Cuidado de múltiplas pessoas com a criança, sem consideração pelas suas necessidades;
Compulsiva busca de aprovação do papel pelos outros;
Falta de respostas, ou respostas inapropriadas da criança ao tratamento relacionado. (T de FR)
FATORES RELACIONADOS:
Falta de modelo no papel disponível;
Modelo de papel ineficaz;
Falta de suporte entre os pais ou de pessoas significativas;
Figuras paterna ou materna que não tiveram suas necessidades de maturação social e emocional atendidas;
Interrupção do processo de formação de laços (por ex.: maternal, paternal, outros) ;
Expectativas irrealistas para si, para o filho, ou para o cônjuge;
Ameaça percebida à sobrevivência física ou emocional;
Doença física e/ou mental;
Presença de estresse provocado por crise situacional; (M)
Falta de conhecimento;
Limitação da função cognitiva;
Falta de identidade do papel;
Múltiplas gestações, multiparidade, intervalo interparto inferior a dois anos, e paridade precoce ou tardia; (A)
Fatores sócio-econômico-culturais. (A)

3.2.1.1.2- Potencial para paternidade ou maternidade alterada (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o pai ou a mãe apresenta inabilidade para criar um ambiente que promova um ótimo crescimento e um ótimo desenvolvimento de outro ser humano.+
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Presença de fatores de risco, tais como:
Ausência de vínculo afetivo; (M)
Estimulação visual, tátil e auditiva inapropriada;
Identificação negativa de características da criança;
Constante verbalização de desapontamento com o sexo ou características físicas da criança;
Verbalização de ressentimento com a criança;
Verbalização de inadequação no papel;
*Falta de atenção às necessidades da criança;
Insatisfação verbalizada com as funções do corpo da criança;
Negligência nos cuidados de saúde pessoais ou da criança; (M)
*Comportamentos de cuidados pessoal inapropriados (higiene, sono, repouso e alimentação) ;
Práticas de disciplinas inapropriadas ou inconsistentes;
Freqüentes acidentes;
Freqüentes enfermidades;
Atraso no crescimento e/ou no desenvolvimento da criança;
História pessoal de maltrato ou abandono, quando criança, por pessoa significativa; (M)
Verbalização do desejo de que a criança o chame pelo primeiro nome, ao invés de chamá-lo de acordo com as tendências tradicionais da cultura;
Cuidado de múltiplas pessoas com a criança, sem consideração pelas suas necessidades;
Compulsiva busca de aprovação do papel pelos outros;
Falta de modelo de papel disponível; (T de FR)
Modelo de papel ineficaz; (T de FR)
Abuso físico ou psicossocial das figuras paterna e materna; (T de FR)
Falta de suporte entre os pais ou pessoas significativas; (T de FR)
Figuras paterna ou materna que não tiveram as suas necessidades de maturação social e emocional atendidas; (T de FR)
Interrupção no processo de formação de laços (por ex.: maternal, paternal, outros) ; (T de FR)
Expectativas irrealistas para si, para o filho ou para o cônjuge; (T de FR)
Ameaça percebida à sua própria sobrevivência física e/ou emocional; (T de FR)
Doença física e/ou mental; (T de FR)
Presença de estresse provocado por crise situacional; (T de FR)
Falta de conhecimento; (T de FR)
Limitação da função cognitiva; (T de FR)
Falta de identidade do papel; (T de FR)
Falta de resposta ou resposta inapropriada da criança ao tratamento relacionado. (T de FR)
Múltiplas gestações, multiparidade, intervalo interparto inferior a dois anos, e paridade precoce ou tardia; (A)
Fatores sócio-econômico-culturais. (A)
FATORES RELACIONADOS:
Vide presença de fatores de risco. (A)

3.2.1.2.1- Disfunção sexual (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma mudança na função sexual que é vista como insatisfatória, não compensadora e inadequada.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Verbalização do problema;
Limitação real ou percebida da resposta sexual imposta pela doença ou terapia;
Inabilidade para alcançar a satisfação sexual;
Relato de dificuldade, limitações na atividade sexual. (T de 3.3)
FATORES RELACIONADOS:
Vulnerabilidade;
Falta de privacidade;
Alteração na estrutura do corpo ou função (gravidez, puerpério, drogas, cirurgias, anomalias, processo de doença, trauma, radiação) ; (M)
Déficit no conhecimento ou habilidade para respostas alternativas a transição relacionada à sua saúde, ou alteração de função e estrutura corporal, doença ou tratamento. (T de 3.3)

3.2.2- Processo familiar alterado (M) (1982)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual uma família, que normalmente funciona, efetivamente experimenta uma disfunção.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Sistema familiar incapaz de atender as necessidades físicas de seus membros;
Sistema familiar incapaz de atender as necessidades emocionais de seus membros;
Sistema familiar incapaz de atender espirituais de seus membros;
Falta de respeito dos pais aos respectivos pontos de vista, em relação à educação dos filhos;
Inabilidade para expressar ou aceitar uma ampla faixa de sentimentos;
Inabilidade para expressar ou aceitar sentimentos dos membros da família;
Incapacidade da família de atender as necessidades de segurança de seus membros;
Inabilidade dos membros da família para relacionarem-se entre si e para propiciar crescimento e amadurecimento mútuos; (M)
Falta de envolvimento da família em atividades da comunidade;
Inabilidade para aceitar ou receber ajuda;
Rigidez nas funções e nos papeis;
Falta de respeito da família pela individualidade e pela autonomia de seus membros
Incapacidade da família para adaptar-se as mudanças ou para lidar construtivamente com experiência traumática;
Falha familiar em atingir etapas de desenvolvimento passadas ou recentes;
Processo de decisão insatisfatório da família;
Falha em enviar e receber mensagens claras;
Manutenção inadequada dos limites da família;
Comunicação inapropriada ou ineficiente dos símbolos, dos rituais e das regras familiares;
Incompreensão dos mitos familiares; (M)
Nível e direção da energia inapropiados.
FATORES RELACIONADOS:
Situação de transição ou crise.

3.2.3.1- Conflito no desempenho de papéis dos pais (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o pai ou a mãe experimenta confusão e conflito de papel em resposta à crise.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Preocupação e sentimento, expressos pelo pai ou pela mãe, de inadequação para prover necessidades físicas e emocionais da criança, durante a hospitalização ou em casa;
Modificação na rotina de cuidados; (M)
Preocupação expressa pelo pai ou pela mãe relativa à mudanças no papel paterno ou materno, no funcionamento familiar, na comunicação e na saúde familiar.
Menores:
Preocupação relativa a perda percebida do controle das decisões relacionadas às crianças;
Relutância em participar dos cuidados usuais, mesmo com encorajamento e com suporte;
Verbalização e demonstração de sentimento de culpa, de raiva, de medo, de ansiedade e/ou frustrações com a consequência de doença da criança no processo familiar.
FATORES RELACIONADOS:
Separação da criança, devido a doença crônica;
Ameaça de procedimentos invasivos ou restritivos, (isolamento, entubação) ; (M)
Cuidado domiciliar de uma criança com necessidade especiais (por ex.: drenagem postural, hiperalimentação) ;
Mudança no estado civil.

3.3- Padrão de sexualidade alterado. (M) (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo expressa preocupação relativa à sua sexualidade.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Alteração no alcance do papel sexual percebido; (M) , (T de 3.2.1.2.1)
Conflito envolvendo valores; (T de 3.2.1.2.1)
Busca de confirmação de ser desejável; (M) , (T de 3.2.1.2.1)
Alteração no relacionamento com pessoas significativas; (M) , (T de 3.2.1.2.1)
Mudança de interesse por si e pelos outros; (T de 3.2.1.2.1)
Relato de mudanças no comportamento sexual. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Alteração biopsicossocial da sexualidade; (T de 3.2.1.2.1)
Modelo de papel ausente ou ineficaz; (T de 3.2.1.2.1)
Abuso físico; (T de 3.2.1.2.1)
Conflitos de valores; (T de 3.2.1.1.2.1)
Falta de pessoa significativa;
Modelo inefetivo ou ausente;
Conflito com orientação sexual e preferência; (M)
Medo de gravidez e DST; (M)
Relacionamento prejudicado com pessoa significativa.

4 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA
VALORIZAR


5 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA
ESCOLHER

5.1.1.1- Estratégias ineficazes de resolução individual (M) (1978)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo demonstra dificuldade para apresentar comportamentos adaptativos e habilidade na resolução de problemas para atender as demandas e os papéis da vida. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
*Verbalização ou demonstração de inabilidade para resolver problemas ou para pedir ajuda; (M)
Inabilidade para atingir as expectativas dos papéis;
Inabilidade para satisfazer as necessidades básicas;
Alteração na participação social;
Comportamento destrutivo dirigido para si ou para os outros;
Uso inapropriado de mecanismos de defesa;
Mudança nos padrões usuais de comunicação;
Manipulação verbal;
Doenças freqüentes;
Acidentes freqüentes.
FATORES RELACIONADOS:
Crises existenciais;
Crises situacionais;
Crises de desenvolvimento;
Vulnerabilidade pessoal;
Distúrbio da auto-estima. (A)

5.1.1.1.1- Adaptação prejudicada (1986)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo é incapaz de modificar seu estilo de vida ou comportamento, de modo compatível com uma mudança no seu estado de saúde. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Verbalização de não aceitação da mudança no estado de saúde; (M)
Inabilidade, ou habilidade mal sucedida para envolver-se na solução de problemas ou fixação de metas; (A)
Inabilidade para efetuar mudanças no estilo de vida. (T de FR)
Menores:
Falta de empenho para torna-se independente;
Período prolongado de choque, raiva relacionado a mudança no estado de saúde; (M)
Ausência de planos para o futuro. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Sistemas de suporte inadequados;
Déficit de conhecimento; (M)
Sobrecarga sensorial;
Agressão a auto-estima;
Foco de controle alterado;
Conflito não resolvido.

5.1.1.1.2- Estratégias defensivas de resolução (M) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo, repetidamente, projeta uma auto-avaliação falsamente positiva, baseada em um padrão de autoproteção, que o defende de ameaças subjacentes e percebidas à sua auto-estima. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Negação de problemas ou fraquezas óbvios;
Projeção de culpa ou responsabilidade;
Racionalização de fracassos;
Hipersensibilidade a desprezo ou criticismo;
Arrogância, presunção ou pretensão.(M)
Menores:
Dificuldade em estabelecer ou manter relacionamento;
Riso hostil ou ridicularização de outras pessoas; (M)
Dificuldades nos testes de percepção da realidade;
Falha da continuidade ou da participação no tratamento ou terapia.
FATORES RELACIONADOS: (A)
Capacidade reduzida para enfrentar com eficácia os problemas da vida; (A)
Conflitos internos não resolvidos; (A)
Sistema de suporte psicossocial inadequado ou ineficaz, traduzido por relações interpessoais insatisfatórias; (A)
Encorajamento do indivíduo, por pessoas significativas, para solucionar simbolicamente os problemas. (A)

5.1.1.1.3- Negação (M) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo, consciente ou inconscientemente, tenta negar o conhecimento ou significado de um evento, com o objetivo de reduzir a ansiedade ou medo, em detrimento de sua saúde. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Adiamento na procura, ou recusa de assistência, em detrimento da saúde; (M)
Falta de percepção da relevância dos sintomas graves ou do risco pessoal. (M)
Menores:
Uso de automedicação para aliviar sintomas; (M)
Negação do medo da morte ou da invalidez;
Minimização de sintomas;
Deslocamento da fonte dos sintomas para outros órgãos;
Incapacidade de admitir o impacto da doença no padrão de vida;
Gestos ou comentários indicando rejeição, ao falar sobre eventos desagradáveis; (M)
Deslocamento do medo do impacto da situação; (M)
Demonstração de afeto inadequado.
FATORES RELACIONADOS: (A)
Capacidade reduzida para enfrentar com eficácia os problemas da vida; (A)
Conflitos internos não resolvidos; (A)
Encorajamento do indivíduo, por pessoas significativas, para solucionar simbolicamente os problemas; (A)
Crises situacionais; (A)
Sistema de suporte ineficiente. (A)

5.1.2.1.1- Estratégias ineficazes de resolução familiar: incapacidade. (M) (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual pessoa significativa (membro da família ou outra pessoa) demonstra comportamento primário que anula as suas próprias capacidades e as do cliente para, efetivamente, enfrentar questões essenciais à adaptação de ambas ao desafio da saúde. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Negligência no atendimento às necessidades humanas básicas do cliente, ou no tratamento da doença; (M)
Distorção da realidade relacionada ao problema de saúde do cliente, incluindo extrema negação sobre a existência ou gravidade da doença; (M)
Intolerância;
Rejeição;
Abandono;
Fuga;
Continuidade das rotinas usuais, desconsiderando-se as necessidades do cliente;
Psicossomatização;
Apropriação dos sintomas da doença do cliente;
Decisões e ações da família que são prejudiciais ao seu bem-estar econômico e social; (M)
Agitação, depressão, agressividade ou hostilidade; (M)
Reestruturação prejudicada de uma vida pessoalmente significativa;
Individualidade prejudicada;
Super-preocupação prolongada pelo cliente;
Negligência no relacionamento com outros membros da família;
Desenvolvimento, no cliente, de uma atitude de desamparo e dependência total. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Pessoas significativas com sentimentos crônicos e não expressos de culpa, ansiedade, hostilidade, desespero, etc;
Dissonante discrepância entre pessoas significativas e o cliente (ou entre pessoas significativas) , nas formas de agir para enfrentar tarefas adaptativas; (M)
Arbitrária conduta de resistência da família ao tratamento, que tende a solidificar a estratégia defensiva e não permite a resolução adequada da ansiedade subjacente; (M)
Conhecimento inadequado sobre a doença ou o tratamento. (A)

5.1.2.1.2- Estratégias ineficazes de resolução familiar: comprometedoras. (M) (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual uma primária (membro da família ou amigo íntimo) , usualmente de apoio, está provendo apoio, conforto, assistência ou encorajamento insuficientes, inefetivos ou comprometedores, os quais podem ser necessários para o cliente resolver ou superar tarefas adaptativas relacionadas ao seu problema de saúde. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Subjetivas:
Preocupação ou queixa do cliente sobre a resposta de pessoas significativas ao seu problema de saúde;
Preocupação de pessoa significativa com a sua reação pessoal (por ex.: temor, pesar antecipado, culpa, ansiedade pela doença ou deficiência do cliente, ou por outra crise situacional ou de desenvolvimento) ;
Descrição ou confirmação de entendimento, ou descrição ou confirmação de base inadequada de conhecimento, os quais interferem nos comportamentos de apoio ou na assistência efetiva.
Objetivos:
Pessoa significativa tenta comportamentos de assistência e apoio com resultados não satisfatórios;
Pessoa significativa se isola, ou assume comunicação limitada ou temporária com o cliente, em momento de necessidade; (M)
Pessoas significativas demonstram comportamento protetor desproporcional (muito pouco ou demais) à habilidade ou à necessidade de autonomia do cliente. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Informação ou compreensão inadequada ou incorreta de pessoa significativa; (M)
Preocupação temporária de pessoa significativa, que vivência conflitos emocionais ou problemas pessoais e está, por isso, incapacitada para atuar efetivamente no atendimento às necessidades do cliente; (M)
Temporária desorganização familiar e mudanças de papéis;
Outras crises situacionais ou de desenvolvimento, ou situações-problema que pessoa significativa possa estar enfrentando; (M)
Pouco suporte dado pelo cliente, por seu turno, para pessoa significativa; (M)
Doença prolongada ou incapacidade progressiva que esgota a capacidade de apoio das pessoas significativas. (M)

5.1.2.2- Estratégias de resolução familiar: potencial para crescimento (M) (1980)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual membro da família envolvido com problema de saúde do cliente exerce efetivo domínio em questões adaptativas, e demonstra desejo e disposição para promover a saúde e o crescimento, tanto em relação a si próprio quanto ao cliente. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Membro da família tenta descrever a dimensão do impacto da crise sobre seus próprios valores, prioridades, metas ou relacionamentos; (M)
Membro familiar direcionando-se para um estilo de vida de melhoria e promoção da saúde, que dá apoio e acompanha processos de maturação, examinado e negociando programas de tratamento, e escolhendo experiências que optimizam o bem-estar; (M)
Pessoa expressando interesse em manter contato, de forma individual ou em grupos de ajuda, com outra pessoa que tenha vivenciado uma situação similar. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Necessidade básica suficientemente satisfeita e tarefas adaptativas abordadas de maneira eficaz, possibilitando a emergência de metas de auto-realização. (M)



5.2.1.1- Recusa (especificar) (1973)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo resolve, deliberadamente, não aderir a recomendação terapêutica. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
*Comportamento indicativo de falha em aderir a terapêutica recomendada (por observação direta, ou por afirmação do paciente ou de outras pessoas significativas) ;
Testes objetivos revelando o não seguimento da terapêutica (medidas fisiológicas, detecção de marcadores) ; (M)
Evidência do desenvolvimento de complicações;
Evidência de exarcerbação dos sintomas;
Falha no comparecimento às consultas; (M)
Falha na evolução. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Sistema de valores do paciente: crenças sobre saúde, influências culturais, valores espirituais;
Relacionamento inadequado estabelecido entre o cliente e o profissional. (M)

5.3.1.1- Conflito de decisão (especificar) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo verbaliza ou demonstra incerteza a respeito do curso de ação a ser tomado, quando a escolha entre ações competitivas envolve risco, perda ou desafio aos valores pessoais. (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Verbalização de incerteza a respeito das escolhas;
Verbalização de conseqüências indesejadas de ações alternativas que estão sendo consideradas; (M)
Vacilação entre escolhas alternativas;
Adiamento da tomada de decisão. (M)
Menores:
Verbalização de sentimento de angústia durante o processo de tomada de decisão; (M)
Concentração em si mesmo; (M)
Sinais físicos de angústia ou tensão (freqüência cardíaca aumentada, tensão muscular aumentada, inquietação, etc.) ;
Questionamento de valores pessoais e crenças, ao tentar uma decisão. (M)
FATORES RELACIONADOS:
Sistema de valores e crenças pessoais não claros; (M)
Percepção de ameaça ao sistema de valores;
Falta de experiência ou interferência no modo de decidir;
Falta de informações relevantes;
Sistema de suporte deficiente;
Fontes de informações múltiplas ou divergentes;
Distúrbio da auto-estima; (A)
Excesso de dados sobre a situação. (A)

5.4- Comportamento para elevar nível de saúde (especificar) (1988)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo em boas condições de saúde está, efetivamente, buscando formas de alterar hábitos pessoais de saúde ou do meio-ambiente, para atingir um nível mais elevado de saúde.+ (M)
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Maiores:
Desejo expresso ou observado de empenhar-se em alcançar um nível mais elevado de bem-estar, aumentando práticas de controle de saúde; (M)
Manifestação de preocupação relativa a influência das condições ambientais prevalecentes sobre o estado da saúde; (M)
Desejo expresso ou observado de buscar maior familiaridade com os recursos de bem-estar comunitários; (M)
Desejo expresso ou observado de conhecer comportamentos de promoção da saúde. (M)
6 - PADRÃO DE RESPOSTA HUMANA
MOVER

6.1.1.1- Mobilidade física prejudicada (1973) +
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo experimenta uma limitação na habilidade para movimentos físicos independentes.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
Inabilidade para movimentação significativa dentro do ambiente físico, inclusive no leito, transferência e deambulação;
Relutância em tentar movimentar-se;
Amplitude limitada de movimento; (M)
Força, controle ou massa muscular diminuídas;
Restrição dos movimentos impostas por prescrição, razões médicas ou mecânicas; (M)
Coordenação prejudicada.
FATORES RELACIONADOS:
Intolerância `atividade física; (M)
Força e resistência diminuídas;
Dor ou desconforto;
Dano perceptual ou cognitivo;
Enfraquecimento neuro-muscular;
Enfraquecimento músculo-esquelético;
Depressão ou ansiedade severa.

6.1.1.2- Intolerância à atividade (1982)
DEFINIÇÃO:
Estado no qual o indivíduo tem energia psicológica ou fisiológica insuficiente para desempenhar ou completar as atividades diárias requeridas ou desejadas.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS:
*Verbalização de fadiga, fraqueza ou desânimo; (M)
Alteração da freqüência cardíaca ou da pressão sangüínea, em resposta à atividade;
Desconforto ou dispnéia de esforço;
Alterações eletrocardiográficas refletindo arritmia ou isquemia;
Letargia ou indiferença. (A)
FATORES RELACIONADOS:
Repouso no leito ou imobilidade;
Fraqueza generalizada;
Estilo de vida sedentária;
Desequilíbrio entre suprimento e demanda de oxigênio e glicose; (M)
Depressão. (A)
++ Complicações de imobilidade podem incluir úlcera de pressão, constipação, estase de secrreções pulmonares, trombose, retenção ou infecção do trato urinário, resistência ou força diminuída, Hipotensão ortostática, diminuição da amplitude dos movimentos das articulações, Desorientação, alteração da imagem corporal e impotência.
+ É importante dizer, como prefácio deste diagnóstico, que o ajustamento para paternidade ou maturidade, em geral é um processo de amadurecimento normal que evidência comportamentos de enfermagem de prevenção de problemas potenciais e promoção da saúde.

+ Boa condição de saúde é definida como idade apropriada para atingir medidas de prevenção de doença. O cliente relata boa ou excelente saúde. Sinais e sintomas de doença, se estão presentes, estão controlados.
+ Sugestão de código para classificação do nível funcional:
0 = Completamente independente;
1 = Requer uso de equipamento ou aparelho;
2 = Requer ajuda de outra pessoa para assistência, supervisão ou ensino;
3 = Requer ajuda de outra pessoa e uso de equipamento ou aparelho;
4 = Dependente, não participa da atividade.
(Código adaptado de E. Jones et al. Patient Classification for Long-Term Care: User’s Manual. HEW, Publication No HRA - 74-3107, November 1974)

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero agradecer, adorei, tenho muitas dúvidas sobre diagnóstico de enfermagem.

OBRIGADA

silvia.ferreiras@hotmail.com