Procedimentos e técnicas para o suporte avançado de vida
- Diagnóstico
- Monitoração
- Disposição e manutenção de via venosa
- Drogas
- Desfibrilação (se indicada)
- Determinar a ressussitabilidade (prognóstico)
- Dedicar-se à terapia intensiva
- Diminuir o dano cerebral, se ocorrer
Diagnóstico da Parada Cardíaca
Definição: classificada como a cessação brusca da circulação sistêmica no paciente que não sofre de doença crônica irreversível, neste caso, por questões diversas, não proceder.
Diagnóstico: único e exclusivamente por ausência de pulso periférico palpável (não utilizar estetoscópio).
Clinicamente, a parada cardíaca pode ocorrer por quatro características: fibrilação ventricular, assistolia, taquicardia ventricular sem pulso palpável e dissociação eletromecânica. Mesmo que o paciente esteja monitorado, o diagnóstico é confirmado pela verificação da ausência de pulso.
Parada Cardíaca
Instantaneamente o paciente perde a consciência em 15 segundos. Dilatação pupilar máxima entre 30 e 60 segundos. Após 5 minutos sem circulação pode ocorrer síndromes pós-reanimação:
Edema
Dano cerebral, geralmente redundando em morte cerebral.
Procedimentos Clínicos
Insuflação dos pulmões do paciente com Ambu
Ar enriquecido com oxigênio.
Colocar cânula orofaríngea.
Acesse as vias venosas o mais rápido possível.
Desfibrilação em caso de fibrilação ventricular:
Neste caso, o tratamento mais efetivo é a desfibrilação elétrica. Para boa efetividade do procedimento, deverá ser feita com o nível de energia apropriado, e também a rapidez de aplicação, quanto mais rápida, melhor o êxito. Um fator que torna a desfibrilação mais complicada é a temperatura ventricular baixa.
Características do desfibrilador
O aparelho está desempenhado para dar impulsos elétricos no tórax pelos seus eletrodos. A energia poderá vir da fonte elétrica ou através de uma bateria. Quando os botões são ativados, a energia se propaga em até 30 milissegundos. O nível de energia é medido em joules.
Técnicas
Desfibrilação externa transtorácica
primeira desfibrilação - 200 joules segunda desfibrilação - 280 joules terceira e subseqüentes desfibrilações - 360 joules
Desfibrilação interna (direta) em adultos
desfibrilação inicial - 5 joules desfibrilações subseqüentes: aumentar progressivamente até 50 joules
Desfibrilação externa em crianças
primeira desfibrilação - 2 joules/kg desfibrilações subseqüentes - 4 joules/kg
Desfibrilação interna (direta) em crianças
primeira desfibrilação: usar o nível de energia mais baixo que for possível desfibrilaçoes subseqüentes - 3 a 10 joules
Drogas
Após o inicio do A B C da reanimação, as primeiras medidas são de intubar o paciente, administrar oxigênio, obter via venosa para administração de drogas. Indicamos algumas drogas que são utilizadas de acordo com a experiência de cada médico, administrando com a desfibrilação.
Epinefrina
Deve ser utilizada sempre em casos de assistolia e dissociação eletromecânica, e quando não obtiver respostas as primeiras três desfibrilações, em se tratando de fibrilação ventricular.
Atropina
É utilizada em situações de parada cardíaca, a única indicação é no caso de assistolia, quando não houver resposta a epinefrina.
Cloreto de cálcio
Quando houver parada cardíaca (assistolia e dissociação eletromecânica) e esta estiver associada ao seguinte:
Hiperpotassemia
Hipermagnesiemia
Hipocalsemia severa
Toxicidade com bloqueadores de cálcio
Lidocaína
É utilizada em parada cardíaca, em casos de fibrilação ventricular resistente a desfibrilação elétrica.
Tonsilato de bretílio
O bretílio tem propriedades adrenérgicas pós glanglionares. Eleva o limiar de fibrilação ventricular e prolonga a duração do potencial de ação e o período refratário das fibras de Purkinje. A ação do bretílio se deve, ao efeito sobre as terminações nervosas adrenérgicas, mais do que uma ação direta da membrana celular.
A droga é recomendada quando não há resposta com o uso de lidocaína e desfibrilação elétrica. Também é indicado quando ocorre A fibrilação ventricular com o uso de lidocaína.
Bicarbonato de sódio
Não é recomendado administrar bicarbonato de sódio inicialmente a parada cardíaca e considerar seu uso unicamente se não houver resposta à desfibrilação e as intervenções farmacológicas em fibrilação ventricular, assistolia e dissociação eletromecânica.
Referências bibliográficas:
John Cook Lane
Professor Titular de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Chefe do Departamento de Cirurgia do Centro Médico de Campinas.
Ramiro Albarran-Soleto
Presidente do International Task Force da American Heat Association
Copyright -2007 – Publi Saúde Ltda
“As informações fornecidas neste site são concebidas para melhorar, e não substituir a relação entre o paciente e o profissional médico”
Este artigo poderá ser utilizado na Internet desde que citado dessa forma: Material do portal www.publisaude.com.br Também deverá ser citado os autores e suas referências bibliográficas.
- Diagnóstico
- Monitoração
- Disposição e manutenção de via venosa
- Drogas
- Desfibrilação (se indicada)
- Determinar a ressussitabilidade (prognóstico)
- Dedicar-se à terapia intensiva
- Diminuir o dano cerebral, se ocorrer
Diagnóstico da Parada Cardíaca
Definição: classificada como a cessação brusca da circulação sistêmica no paciente que não sofre de doença crônica irreversível, neste caso, por questões diversas, não proceder.
Diagnóstico: único e exclusivamente por ausência de pulso periférico palpável (não utilizar estetoscópio).
Clinicamente, a parada cardíaca pode ocorrer por quatro características: fibrilação ventricular, assistolia, taquicardia ventricular sem pulso palpável e dissociação eletromecânica. Mesmo que o paciente esteja monitorado, o diagnóstico é confirmado pela verificação da ausência de pulso.
Parada Cardíaca
Instantaneamente o paciente perde a consciência em 15 segundos. Dilatação pupilar máxima entre 30 e 60 segundos. Após 5 minutos sem circulação pode ocorrer síndromes pós-reanimação:
Edema
Dano cerebral, geralmente redundando em morte cerebral.
Procedimentos Clínicos
Insuflação dos pulmões do paciente com Ambu
Ar enriquecido com oxigênio.
Colocar cânula orofaríngea.
Acesse as vias venosas o mais rápido possível.
Desfibrilação em caso de fibrilação ventricular:
Neste caso, o tratamento mais efetivo é a desfibrilação elétrica. Para boa efetividade do procedimento, deverá ser feita com o nível de energia apropriado, e também a rapidez de aplicação, quanto mais rápida, melhor o êxito. Um fator que torna a desfibrilação mais complicada é a temperatura ventricular baixa.
Características do desfibrilador
O aparelho está desempenhado para dar impulsos elétricos no tórax pelos seus eletrodos. A energia poderá vir da fonte elétrica ou através de uma bateria. Quando os botões são ativados, a energia se propaga em até 30 milissegundos. O nível de energia é medido em joules.
Técnicas
Desfibrilação externa transtorácica
primeira desfibrilação - 200 joules segunda desfibrilação - 280 joules terceira e subseqüentes desfibrilações - 360 joules
Desfibrilação interna (direta) em adultos
desfibrilação inicial - 5 joules desfibrilações subseqüentes: aumentar progressivamente até 50 joules
Desfibrilação externa em crianças
primeira desfibrilação - 2 joules/kg desfibrilações subseqüentes - 4 joules/kg
Desfibrilação interna (direta) em crianças
primeira desfibrilação: usar o nível de energia mais baixo que for possível desfibrilaçoes subseqüentes - 3 a 10 joules
Drogas
Após o inicio do A B C da reanimação, as primeiras medidas são de intubar o paciente, administrar oxigênio, obter via venosa para administração de drogas. Indicamos algumas drogas que são utilizadas de acordo com a experiência de cada médico, administrando com a desfibrilação.
Epinefrina
Deve ser utilizada sempre em casos de assistolia e dissociação eletromecânica, e quando não obtiver respostas as primeiras três desfibrilações, em se tratando de fibrilação ventricular.
Atropina
É utilizada em situações de parada cardíaca, a única indicação é no caso de assistolia, quando não houver resposta a epinefrina.
Cloreto de cálcio
Quando houver parada cardíaca (assistolia e dissociação eletromecânica) e esta estiver associada ao seguinte:
Hiperpotassemia
Hipermagnesiemia
Hipocalsemia severa
Toxicidade com bloqueadores de cálcio
Lidocaína
É utilizada em parada cardíaca, em casos de fibrilação ventricular resistente a desfibrilação elétrica.
Tonsilato de bretílio
O bretílio tem propriedades adrenérgicas pós glanglionares. Eleva o limiar de fibrilação ventricular e prolonga a duração do potencial de ação e o período refratário das fibras de Purkinje. A ação do bretílio se deve, ao efeito sobre as terminações nervosas adrenérgicas, mais do que uma ação direta da membrana celular.
A droga é recomendada quando não há resposta com o uso de lidocaína e desfibrilação elétrica. Também é indicado quando ocorre A fibrilação ventricular com o uso de lidocaína.
Bicarbonato de sódio
Não é recomendado administrar bicarbonato de sódio inicialmente a parada cardíaca e considerar seu uso unicamente se não houver resposta à desfibrilação e as intervenções farmacológicas em fibrilação ventricular, assistolia e dissociação eletromecânica.
Referências bibliográficas:
John Cook Lane
Professor Titular de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Chefe do Departamento de Cirurgia do Centro Médico de Campinas.
Ramiro Albarran-Soleto
Presidente do International Task Force da American Heat Association
Copyright -2007 – Publi Saúde Ltda
“As informações fornecidas neste site são concebidas para melhorar, e não substituir a relação entre o paciente e o profissional médico”
Este artigo poderá ser utilizado na Internet desde que citado dessa forma: Material do portal www.publisaude.com.br Também deverá ser citado os autores e suas referências bibliográficas.
Belo post Priscilla, nunca é demais comentarmos sobre esta verdadeira calamidade que é a morte súbita. Sómente quando mais pessoas estiverem instruidas sobre reanimação poderemos evitar a perda de quase 1000 vidas por dia, só no Brasil. No blog http://foradoponto.blogspot.com comento diversos aspectos vinculados a arritmias e morte súbita. Abraços,
ResponderExcluirCidio